Dia 0
O ponto de encontro é no Albergue da Juventude em Tancos, a localidade com a melhor vista para o Castelo de Almourol.. Este é o dia em que nos conhecemos e começamos a organizar os nossos dias no Tejo. Para quem chegar a tempo ainda jantamos num restaurante local antes de irmos descansar nesta última noite antes de começar a nossa aventura dentro de água.
Dia 1
A jornada começa em Constância onde entramos na água rumo ao Castelo de Almourol um dos mais icónicos de Portugal, erguido há oito séculos numa pequena ilha granítica do Tejo que aproveitamos para visitar. Seguimos no leito silencioso do maior rio de Portugal, passando Vila Nova da Barquinha até chegar ao Porto das Mulheres, uma praia fluvial verdejante onde paramos para ir conhecer a Chamusca e abastecer de víveres para as próximas refeições. O passo seguinte é uma das melhores partes das aventuras– encontrar o sítio ideal para passarmos a noite, montar tendas, apanhar lenha seca, acender o fogo, cozinhar o jantar, e deixar fluir conversas entre o céu estrelado, o fogo e o Tejo.
Dia 2 -
Hoje passamos o dia todo longe da civilização. Desfrutamos do Tejo, da sua fauna, da sua calma (se o vento ajudar), parando na Aldeia abandonada de Patacão, uma aldeia avieira com as suas casas palafitas de madeira em ruínas a testemunhar um passado recente de emigração. O destino é a Ribeira de Santarém, onde nos espera um banho quente e uma jantarada no Clube Scalabitano de Canoagem,
Dia 3 – Hoje a manhã é relaxada e passada na Ribeira de Santarém onde ficamos até a maré começar a vazar depois do almoço. Arrancamos embalados pela maré, passamos pela centenária ponte Rainha Dona Amélia e seguimos até Valada onde atracamos os barcos na praia fluvial para um passeio nesta bonita vila, que se protege atrás de altos diques das cheias do Tejo
Seguimos a uma ilha onde vamos pernoitar e sentir o rio no seu esplendor. Isolados nas suas águas, tomamos banhos, passeamos, vamos à procura dos cavalos semi selvagens que ali habitam, e quando cair a noite acendemos um fogo na areia perto da água, ficando a contemplar, mais uma vez o melhor que a natureza nos dá - água, fogo e um céu estrelado.
Dia 4
Hoje vemos o amanhecer em pleno Tejo. Depois de desmontar o material, partimos rumo à ilha das Garças, que tem uma das maiores colónias destas aves da Europa. E se o Tejo é silêncio, aqui a paisagem sonora torna-se incrível. Chegou a hora de fechar os olhos e escutar os sons da natureza. Seguimos para Escoupim, provavelmente a aldeia avieira mais conhecida e colorida de todas, com as suas construções em palafita.,Tomamos um café, conhecemos o "Museu de Escaroupim e o Rio”, dedicado à memória das populações Ribeirinhas, que materializa muito do que vimos nos últimos dias e regressar aos caiaques para a útima etapa da nossa aventura - um braço de Rio onde serpenteamos através de uma paisagem exuberante até à praia Doce. É hora de organizar o material, ir buscar carros ao ponto de partida, e ir para casa para o merecido banho e cair na cama!